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sábado, setembro 24, 2005

VIDA ESPIRITUAL


O FILHO PRÓDIGO

Certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles disse ao Pai: “Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe". E ele lhes repartiu os haveres. Passados não muitos dias o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo em decandencia. Depois de ter consumido tudo sobreveio aquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade. Então, ele foi e agregou-se a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a guardar porcos. Ali, desejava fartar-se da lavagem que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada. Então, caindo em si, disse: "Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores". E, levantando-se, foi para o seu pai. "Vinha ele ainda longe, quando o seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou e o beijou"... (Leia em S.LUCAS 15.1-20)
Vamos, pois, meditar em três lições que podemos tirar da parábola contada por Jesus:

01. O Pecado
São Paulo escreveu: ..“Todos pecaram e estão privados da glória de Deus” (Rm 3:23). O pecado gera morte porque “o salário do pecado é a morte"... Aquele moço, como a humanidade, rebelou-se contra seu pai. Forçou-o a dividir seus bens, quis vida independente, livre e longe. Estava com a cabeça cheia de ilusões. Pegou o dinheiro do pai, deixou a família, vivendo dissolutamente - bebedeiras, prostituição, jogos, vícios! Arrumou os amigos que o dinheiro pode arrumar - na ilusão de felicidade e de liberdade. Porém chegou o dia da verdade: Era estrangeiro, sem um real no bolso. Passou fome, desemprego. A única ocupação que apareceu foi cuidar de porcos: Aquele jovem, no meio do chiqueiro, sentia vontade de comer a lavagem dos porcos. Vivia o último grau de decadência a que alguém podia chegar. Nesse momento de prova ele caiu em si e resolveu voltar prá casa. Lembrou-se da fartura da fazenda de seu pai, e de como até os servos comiam e vestiam-se bem. Disse: “Vou-me embora, procurar o meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. Trata-me como um dos teus empregados”.

02. O Arrependimento
O evangelista João define o pecado como uma prisão: O que comete pecado é escravo do pecado. Aquele jovem agiu de forma irresponsável - torrou todos os bens, acumulados com sacrifício pela família. Deus, porém, abomina o pecado, mas ama o pecador. Conforme Romano 2:4, “a bondade de Deus é que conduz ao arrependimento”. As aflições podem ser transformadas em bênçãos, se houver arrependimento. Está escrito que “Deus prova aqueles que ele ama”. Na verdade, Deus atrai o pecador. Jesus disse: “Não vim chamar justos e sim pecadores ao arrependimento”.
Deus trabalhava o coração soberbo daquele jovem. Ele aprendia a lição amarga que vem do erro. Se o pecado trás sofrimento, o arrependimento gera refrigério e libertação. Jesus disse que “haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se arrepende, do que por 99 justos que não necessitam arrepender-se” (Lc 15:7).

03. O Perdão
O moço, sujo e faminto, dobrou - cambaleando - a curva do caminho.
Quantas vezes, seu pai teria olhado para a curva torta da estrada onde vira seu filho sumir? Quantas tardes, depois da labuta de um dia na roça, ficava ali, com o coração doído, na esperança de ver seu filho regressar?! Jesus conta que “Ele estava ainda longe, quando seu pai viu-o, encheu-se de compaixão, correu e lançou-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos”. Isso é puro perdão, perdão que nada exige, senão o regresso – o arrependimento. Deus, como aquele pai, “amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho único, para que todo aquele que nele crer ,não morra, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16). Deus atrai, quebranta e perdoa – e adota o pecador arrependido como filho. Aquele moço, marcado pela maldição do pecado, voltou ao lar. Se seu pai fosse um legalista, um moralista, mandaria o filho embora, sem perdão - como queria seu irmão mais velho!
Deus, o amoroso Pai se alegrava: “Comamos e festejamos, pois este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi reencontrado”. O Céu fica em festa quando um pecador muda de vida!
Querido amigo: Deus, nosso amoroso pai, está olhando na curva do caminho! Ele espera você regressar, para abraçá-lo, beijá-lo, perdoá-lo. Oferece a você uma nova vida - pois o fardo de Jesus é leve e suave, enquanto que a prisão do pecado é suja e sem esperança, como um chiqueiro de porcos. Ele olha amorosamente para mvocê, o compreende e ama, e chama: “Hoje, se ouvirdes a voz do Espírito de Deus, não endureçais o vosso coração”. Convida você para abandonar a velha vida – como a do filho pródigo no chiqueiro - por uma vida purificada pela graça, alimentada pelo amor de Deus. Deus o abençõe! José J
Azevedo.