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quarta-feira, junho 20, 2007

POEMA


JORNADA

Dá-me a tua mão, Senhor,
Que não posso descer sozinho
Às profundezas de mim mesmo.

Não posso mais andar a esmo
Nem tatear no escuro para sempre
Ilumina o caminho tortuoso
Ilumina minh’alma, Senhor!

Coragem também preciso
Para a jornada inevitável
Não posso andar em direções diversas
Doble, ser e não ser, ao mesmo tempo
Quero estar inteiro quando chegar a minha hora.

Preciso também de um coração forte,
E íntegro, seja, por isso, para sempre, comigo.

Atravessando desertos, cantarei
Navegando o mar bravio, não temerei
Penetrando a cava funda
Em busca do ouro puro da minha’alma
Estarei tranqüilo, calmo, seguro.

Mais que tudo, banha meu ser
No teu amor supremo
De forma que seja uma fonte a jorrar
E instrumento submisso
De tua misericórdia sem limite.

Então, no dia de minha hora
Estarei inteiro – meu passado, meu futuro, unificados,
purificado nas mãos do Criador, o Eterno Alquimista.
Glorificarei teu Nome, desfrutarei de tua presença
Ao expressar a tua majestade,
Bebendo na fonte da eterna juventude.

José J Azevedo, 21.06.2007