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sábado, março 04, 2006

CURA PELO PERDÃO

PERDOANDO
Há uma conexão perfeita entre perdoar e ser perdoado. Jesus ensinou que o efeito curativo do perdão está tanto em perdoar como em ser perdoado. Quando perdoamos entramos em sintonia com a vontade de Deus - que nos amou primeiro e trouxe o perdão sob o insuportável fardo da Cruz do Calvário. Liberando perdão, portanto, o perdão de DEUS, disponível em Cristo, torna-se eficaz em nossa vida. O perdão mantém casais unidos, famílias em paz, países sem guerra. O perdão é curativo quando há sincero arrependimento.
O ressentimento, ao contrário, gera doença física e espiritual. Ninguém cresce em santificação acumulando rancor, mas os que estão sob a ação benéfica da GRAÇA aprenderam a negar o velho e orgulhoso eu para perdoar e receber o perdão.
O PODER LIBERTADOR DO PERDÃO
O verbo confessar vem do vocábulo grego homologeo – de onde vem a palavra homologar (aprovar) – que podemos entender como “dizer a mesma coisa, concordar”1 . Confessar é declarar-se culpado daquilo que a consciência acusa. Só podemos reconhecer os erros, nossos pecados, se nossa consciência estiver de acordo com Deus – isto é, estando em fina sintonia com Deus para reconhecer onde erramos. O desejo de santidade vem por causa da presença do Espírito Santo, em nós. Quem não é de Deus não reconhece faltas, nem admite os próprios erros. São maravilhosos os benefícios advindos de perdoar e ser perdoado!.

01. O CRENTE RECONHECE
SER PECADOR

O primeiro pecado nasceu do desejo do ser humano se igualar a Deus – a cobiça! Assim que experimentaram do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, Adão e Eva perderam a inocência: Viram que estavam nus e se esconderam de Deus. Deus chamou o homem e perguntou: Adão, onde estás? Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim e, porque estava nu, tive medo e me escondi. Essa é a condição do pecador sem a graça de Deus: Percebe-se culpado, tem medo de Deus, foge da Sua presença – e, enfim, busca outro culpado para seu erro. Foge da responsabilidade. Adão culpou a mulher: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore e eu comi. A mulher, por sua vez, culpou a serpente: A serpente me enganou, e eu comi.
Mas o homem alcançado pela misericórdia não mais foge de Deus. Quando erra se aproxima dele, em oração e, com o coração quebrantado, busca o perdão e a restauração.
Se andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 João 1.7).
Cristo é a luz diante da qual tudo é revelado. Nossos mais íntimos pecados e erros são expostos diante de nossa consciência.
“ ... o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem macula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!” (Hebreus 9.14).
Quando o rei Davi adulterou com Beth-Seba e depois mandou seu marido Urias para a frente de batalha, almejando sua morte, demorou para arrepender-se. Teve que ser confrontado pelo profeta Natã. Depois clamava, contrito: “Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mau perante os teus olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar” (Salmos 51.4).

1 SOUZA, Manoel Nascimento Pereira de. Cura Interior pela Confissão. Juerp.
Rio de Janeiro: 1995

02. O CRENTE TEM
SEDE DE SANTIDADE

Davi não focou apenas na confissão superficial. Sua alma anelava estar, sempre, na presença de Deus. Ele exclama, em sua sede de santidade: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável".
Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito. Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário” (Salmos 51.10-12).
Perde a paz o crente endurece para Deus – e para com a própria consciência, que o acusa. Lemos no Salmos 32 o lamento de Davi ao cair em si e ver o tenebroso caminho por onde andava: “Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia... Confessei-te o meu pecado e a minha iniqüidade não mais ocultei... e tu perdoaste a iniqüidade do meu pecado” (Salmo 32.3-5).
Um homem de Deus disse que ”a solidão existencial surge devido a pecados que não reconhecemos ou confessamos, culpa para a qual não encontramos perdão, mas causamos rebelião contra Deus”.2
Pecados não confessados geram doenças. Há muitas formas de amenizar, entorpecer a consciência, não encarar a realidade. Mas, a situação se agrava pelo estresse, esgotamento nervoso – cadeias, sanatórios, clinicas psiquiátricas, manicômios judiciais, etc., são lugares especialmente habitados por pecadores endurecidos, com a mente cauterizada. São pessoas que precisam conhecer a palavra, a Cristo – e serem curadas pelo perdão que mana da Cruz de Cristo.
O discípulo de Jesus reconhece quando erra e volta-se para o Deus gracioso. Depois que negou Jesus três vezes olhou para Jesus acorrentado, que fixou nele os seus olhos: “Então, Pedro, saindo dali, chorou amargamente” (Lucas 22.62).
O Espírito de Deus, habitando o crente, confronta e atrai para uma vida de negação do pecado e da vã glória do eu. A direção do Espírito o leva a crescente sede de santidade.

2. SOUZA, Manoel Nascimento Pereira de. Ibidem.

03. O CRENTE É LIBERTO
PELO SANGUE DE CRISTO


A CONFISSÃO deve ser:
1. PARA DEUS – Pecados particulares, que não envolvem outras pessoas, devem ser reconhecidos diante de Deus, na oração de confissão;
2. PARA DEUS E PARA O PRÓXIMO – Se o pecado ofendeu outra pessoa, causou escândalo e se tornou público, a confissão deve ser primeiramente dirigida a Deus – e também a pessoa ou pessoas ofendidas;
3. CONFISSÃO DIANTE DE UM CONSELHEIRO - Quando há necessidade íntima de partilhar a dificuldade o cristão deve dividir seu jugo com um pastor, um amigo leal em quem possa confiar.
Quando a confissão é real e verdadeira ela tem o poder curativo enunciado por Tiago: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados” (Tiago 5.16).

PERDOANDO
SOMOS PERDOADOS


O verdadeiro cristão desfruta da Graça renovada pelo perdão. Cresce porque aprende com os próprios erros – como o filho pródigo. Não podemos negligenciar quando nossa CONSCIÊNCIA NOS ACUSA. Jesus ensina que a eficácia do perdão tem mão dupla: “ ...e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores.... Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (Mateus 6.12;14-15).
George Herbert ilustra esta verdade dizendo: “Aquele que não pode perdoar destrói a ponte sobre a qual ele mesmo tem de passar” (José J Azevedo)

2 Comments:

Blogger SuEli said...

Oi Julio,
Belo texto o do Perdão.
Realmente é fundamental esta sintonia com Deus para podermos reconhecermos nossos erros, e termos a humildade para pedir o perdão, e ao mesmo tempo termos em nós o Amor suficiente para perdoarmos o nosso semelhante.
Condição fundamental para a Santificação.
Que Deus derrame Suas Graças sobre nós, para que possamos nos Santificar nestas condições.
Um forte abraço,

7:54 AM

 
Blogger leandro sales said...

A Graça e a Paz irmao, muito bonito e edificante estes estudos, realmente o perdão move o coração de Deus em nosso favor, pois perdoar é amar a quem nos tem ofendido, e é isto que realmente nos aproxima de Deus.
Um grande abrço e que Deus continue te abençoando.
2ª IBN-Vilhena-RO

6:38 PM

 

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