TEXT TEXT

domingo, janeiro 15, 2006

POESIA



Canção Para Aline

Derrama-se a luz
Por sobre Aline e a ave
Pequena, frágil como a alma eterna
A flutuar no ar, sem medo.

A luz,
Aline, o horizonte,
Espaço iluminado
Desnudando a mentira
De que a realidade não existe.

Aline e o pássaro sem nome
Que, breve, voa quando a manhã chega
Com seus ventos e verdes,
Com seus mares e murmúrios,
Com seus trinados e tristezas.
Embalados no tempo os
Homens e as mulheres, nos solares,
nas esteiras, reunindo miudezas

O sol ofusca os homens - carências por sobre dunas
Ah! Tanta luz a percorrer a brisa!
Porque a liberdade é sempre criança.
Anda por sobre o mar aquele cujo olhar
está além da circunstância.

Pássaro acolhido no abrigo meigo
Depois a chuva, o calor amigo, pequena mão na penumbra
Olhar que vela, cuida, brinca
Dentro do Amor que por amor fez nascer a existência.



Uma tarde, o anoitecer tecido pelo movimento,
Momento que nunca mais será esquecido.

José J Azevedo, 14.01.2006

1 Comments:

Blogger Matilda Penna said...

Vim conhecer seu blog.
E gostei do último verso do poema:
"Uma tarde, o anoitecer tecido pelo movimento,
Momento que nunca mais será esquecido."
Obrigada pela visita e pelas palavras gentis lá no meu blog.
Abraços.

11:48 AM

 

Postar um comentário

<< Home