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segunda-feira, dezembro 19, 2005

NATAL


JESUS CRISTO E A
FORÇA DA VERDADE
Evangelho de São Lucas 2.1-20
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“... e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria”
- Lucas 2.7.
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A SITUAÇÃO
Maria e José eram descendentes de Davi – o maior e melhor rei de Israel. Ninguém, porém, sabia disso. Maria era de Nazaré, uma cidadezinha ridícula – uma vilazinha pobre como a Vila Bom Jesus de São Mateus do Sul, que não tem saneamento, as ruas são tortas, as casas muito pobres, terrenos pequenos. Há desnutrição, desemprego, poluição. Um religioso exclamou, quando soube que Jesus era nazareno: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? A Galiléia era desprezada e Nazaré era um povoado rural perdido no mapa da Palestina.
José era carpinteiro e Maria dona de casa e, quem sabe, mulher da roça – ambos pobres. Foram para Belém, obrigados por um decreto do Império Romano: Fazer o recenseamento!

BELÉM

Belém não era a Capital de Israel, mas era uma cidade famosa pois ali nascera o rei Davi. A cidade estava cheia quando o casal chegou: Não tinha lugar para eles; quem sabe não tinham dinheiro suficiente para hotel ou hospedaria. Maria estava em adiantada gravidez. José, operário, achou um lugarzinho: Uma estrebaria – local onde se recolhem bestas e arreios: “... e Maria ... deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria”.
Assim, Jesus nasceu em meio a relinchos de cavalos, mugir de bois, balido das ovelhas, cheio forte de estrume, a fria noite de Belém. Era uma construção sem paredes, sob um teto de onde podiam ver as estrelas. Humanamente Jesus seria mais um aprendiz de carpinteiro; mais um sem futuro como tantos meninos da Vila Bom Jesus, Raia, Loteamento Santa Cruz, por aí... Mas, aos olhos de Deus, almas preciosas sendo preparadas para grandes desígnios do Senhor.

O MAIOR MILAGRE
Outra gente sem valor eram os pastores – geralmente empregados mal remunerados de fazendeiros. Eram gente má-afamada – sem qualquer distinção na sociedade da época. Esses pastores viviam como os bóias-frias de hoje: Trabalho difícil pelo pão de cada dia. Davi, também pastor de ovelhas, foi esquecido até por seu pai, quando o Profeta Samuel foi a sua casa para ungir o futuro rei de Israel. Mas, Deus não vê com os olhos de homens – conhece corações e não decide pela aparência ou condição social!
Pois não é que esse grupo de pastores é que foi o primeiro a saber, pela boca do anjo, da maior boa notícia do mundo? “... Um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor. O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor”.
Belém: No original hebraico a junção de duas palavras: – Casa e Pão – Casa do Pão. Jesus disse: “Eu sou o Pão que desceu do céu e dá vida ao mundo”.
O Coral de anjos entoou: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem”.
Dada a notícia, os anjos foram embora. Os pastores, ainda com seus joelhos de geléia, diziam uns para os outros: “Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer”.
Por incrível que pareça outras pessoas não religiosas, que não eram de Israel, nem eram fariseus, ficaram sabendo que algo maravilhoso acontecia no mundo: Os reis magos. Eles leram no céu e descobriram uma estrela que apontava para algo milagroso e sobrenatural. Passaram por Belém para adorar o Menino. A Boa Nova da salvação é para gentios, os esquecidos, os pobres, os desclassificados, os rejeitados. É também para gente da sociedade ilustrada e endinheirada. Sem Cristo a miséria espiritual não escolhe classe social, atinge a todos os que rejeitam “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”
Os pastores foram e conferiram: “Acharam Maria e José e a criança deitada na manjedoura” – igualzinho a descrição feita pelos emissários celestiais, os anjos!”. Deus os fez missionários da Boa Nova:”... Divulgaram o que lhes tinha sido dito a respeito desse menino. Todos os que ouviram se admiraram das cousas referidas pelos pastores”.

A FORÇA DA VERDADE
A verdade, quando atinge o coração e a mente de uma pessoa, um uma comunidade de fé, se torna irresistível: Contagia a cidade, ilumina as trevas espirituais e opera transformações: “... Nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor”. Ah! Aquele grupo de pastores nunca mais foi o mesmo: Voltaram para casa “glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado”.
DESAFIO – Você também sabe da BOA NOVA da salvação? Sem Cristo não podemos ser justificados; sem Cristo nosso futuro eterno será num “lago de fogo” – conforme o Apocalipse! Como aqueles pastores, éramos pecadores duros, rudes, mortos em delitos e pecados. Temos, porém, agora, o conhecimento da VERDADE QUE LIBERTA! Proclamá-la é a missão que Cristo nos dá, como gente sua e povo de Deus. Sejamos, pois, como aqueles pastores, que DIVULGARAM a todos – e desde então, com suas vidas transformadas, passaram a LOUVAR e a GLORIFICAR a Deus! NASCEU JESUS, Único SENHOR E SALVADOR!
(José J Azevedo)