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sexta-feira, janeiro 20, 2006

“FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO”

Allan Kardec, fundador do Espiritismo moderno, resumiu com excelência, aquilo que considera a síntese do seu pensamento religioso:
Fora da caridade não há salvação”.
Vamos, pois, refletir sobre o significado desses conceitos fundamentais,
que estão na base de toda a Teologia: Caridade e Salvação,
conceitos fundamentais mesmo em religiões
não monoteístas como o Budismo e Hinduismo, etc.
01. DEUS É AMOR
Tanto Kardec como outros espíritas recorrem a Bíblia para validar algumas de suas afirmativas e crenças básicas. Sendo assim, consideramos o alto apreço que os espíritas atribuem as Sagradas Escrituras, tanto judaicas quanto cristãs.
Uma das afirmações mais poderosas, que buscam definir o indefinível Deus – em seus atributos de ONISCIÊNCIA (sabe todas as coisas); ONIPOTÊNCIA (pode todas as coisas) e ONIPRESENÇA (Está em todo lugar) – encontramos no Evangelho de S. João: DEUS É AMOR! (Amor, como todos sabemos, é sinônimo de Caridade). Sendo Deus o Amor, como poderia haver salvação fora do amor? Essa afirmativa nos faz lembrar outra, que nos fala sobre fundamento, a origem e a causa da salvação do ser humano: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não morra, mas tenha a vida eterna” (S.João 3.16). E, nessas palavras de Jesus, registradas pelo evangelista, podemos conhecer a motivação que gera a salvação: O AMOR DE DEUS! Motivado pela sua própria essência – a Caridade – Deus nos enviou seu Filho (“Verbo que se fez carne e habitou entre nós ” – conforme S.João capitulo 1).

02. O AMOR SALVA

Neste sentido podemos perceber a SALVAÇÃO como iniciativa divina, em vez de realização humana. S. Paulo, escrevendo aos cristãos de Éfeso, nos fala sobre o fundamento bíblico da salvação da alma humana: “Pela Graça sois salvos, por meio da fé, e isso não vem de vós, é dom de Deus, não vem de obras, para que ninguém se glorie” (Leia: Efésios 2.1-10).
Neste sentido – Louvado seja Deus por isso! – temos a salvação como um presente, o qual nunca poderíamos merecer, nem comprar. GRAÇA é isso: Algo que ganhamos sem perecimento. A Caridade perfeita de Deus – seu Amor – possibilitando em Cristo o único caminho da salvação: A Graça de Deus!
Um grupo de religiosos perguntou a Jesus: “Que faremos para realizar as obras de Deus? Jesus respondeu-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que por ele foi enviado!” (S.João 6.28-29).
Qual, pois, o precioso papel das BOAS OBRAS na economia da salvação?

03. A CARIDADE SALVA PELA GRAÇA

A mesma Bíblia afirma, em Efésios 2.10: “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas”. Boas obras, pois, são conseqüência da salvação pela Graça – e nunca o meio da salvação!
Jesus, com todas as letras, reivindica exclusividade na obra da salvação: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vem ao Pai senão por mim” (S.João 14.6). Disse mais: “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço...” (S. João 14.12). Devemos entender as BOAS OBRAS como sinal de que somos salvos, e não meio de salvação!
Como podemos considerar uma obra BOA? O qualificativo BONDADE refere-se a algo que fazemos motivados pelo amor desinteressado, sem qualquer tipo de motivação que não seja aquele de beneficiar o próximo, ou glorificar a Deus, sem qualquer expectativa de beneficiar a si mesmo pelo bem feito. Algo aparentemente BOM, motivado por qualquer interesse, deixa de ser intrinsecamente BOM. O Profeta Isaías, nesse sentido, exclamou: “Maldito homem que confia no homem para a sua salvação”.
Que Deus nos livre, pois, de confiar a salvação de nossa alma a nós mesmos! Pense agora, querido leitor, e considere ser, mesmo, verdadeira a afirmativa de que “fora da Caridade não há salvação”. Deus olhou uma humanidade perdida em delitos e pecados, sem esperança de salvação. Revelou em Cristo, a salvação a seus escolhidos. Sim, fora do perfeito e misericordioso Amor de Deus não há salvação!

domingo, janeiro 15, 2006

POESIA



Canção Para Aline

Derrama-se a luz
Por sobre Aline e a ave
Pequena, frágil como a alma eterna
A flutuar no ar, sem medo.

A luz,
Aline, o horizonte,
Espaço iluminado
Desnudando a mentira
De que a realidade não existe.

Aline e o pássaro sem nome
Que, breve, voa quando a manhã chega
Com seus ventos e verdes,
Com seus mares e murmúrios,
Com seus trinados e tristezas.
Embalados no tempo os
Homens e as mulheres, nos solares,
nas esteiras, reunindo miudezas

O sol ofusca os homens - carências por sobre dunas
Ah! Tanta luz a percorrer a brisa!
Porque a liberdade é sempre criança.
Anda por sobre o mar aquele cujo olhar
está além da circunstância.

Pássaro acolhido no abrigo meigo
Depois a chuva, o calor amigo, pequena mão na penumbra
Olhar que vela, cuida, brinca
Dentro do Amor que por amor fez nascer a existência.



Uma tarde, o anoitecer tecido pelo movimento,
Momento que nunca mais será esquecido.

José J Azevedo, 14.01.2006

terça-feira, janeiro 03, 2006

MÚSICA HOTEL CALIFORNIA

QUE CAMINHO SEGUE SUA ALMA?

Hotel California, grande sucesso nos anos 70, é considerada uma das dez melhores composições musicais do Século XX. Sua letra - aqui traduzida - é expressiva e a música, cativante! Sua mensagem nos remete à muitas tentativas de análise e explicação. “De que adiantaria a um homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” – essa pergunta de Jesus pode, resumidamente, responder a questão colocada no instigante tema desta canção,
verdadeira e bela.
Pare & Pense!


HOTEL CALIFORNIA
*
The Eagles - Composição: The Eagles – Versão: E.A.
*

On a dark desert highway, cool wind in my hair / Warm smell of colitas, rising up through the air / Up ahead in the distance, / I saw a shimmering light / My head grew heavy and my sight grew dim I had to stop for the night / There she stood in the doorway; / I heard the mission bell / And I was thinking to myself, / 'This could be Heaven or this could be Hell / 'Then she lit up a candle and she showed me the way / There were voices down the corridor,I thought I heard them say...Welcome to the Hotel California / Such a lovely place / Such a lovely face / Plenty of room at the Hotel California / Any time of year, you can find us hereHer mind is Tiffany-twisted, / she got a Mercedes-benz / She got a lot of pretty, pretty boys, that she calls friends / How they dance in the courtyard, sweet summer sweat. / Some dance to remember, some dance to forget / So I called up the Captain, / 'Please bring me my wine'He said, / 'We haven't had that spirit here since nineteen sixty-nine'And still those voices are calling from far away,Wake you up in the middle of the night / Just to hear them say...Welcome to the Hotel California / Such a lovely place / Such a lovely facewe're livin' it up at the Hotel California / What a nice surprise, bring your alibis / Mirrors on the ceiling,The pink champagne on ice / And she said 'We are all just prisoners here, of our own device / 'And in the master's chambers, / They gathered for the feast / The stab it with their steely knives, / But they just can't kill the beast / Last thing I remember, / I was Running for the doorI had to find the passage back / To the place I was before'Relax,' said the night man,/ We are programmed to receive.You can check out any time you like, / but you can never leave!

TRADUÇÃO

Em uma escura e deserta rodovia
Vento frio em meus cabelos.
Um aroma quente de colitas
Surge perfumando o ar.
Logo em frente vejo luzes.
Minha cabeça pesando, sinto-me ofuscado.
Tive que parar no meio da noite.
Lá estava ela, na entrada da porta.
Eu ouvia o sino da capela da missão
E pensava em mim mesmo. / Poderia ser o céu ou o inferno.
Então ela acendeu uma vela, / Mostrando-me o caminho.
Havia vozes descendo o corredor
E penso ter ouvido o que diziam
Benvindo ao Hotel Califórnia!
Tão amável lugar, tão amável visão.
Há muitos quartos no Hotel Califórnia
Em qualquer época do ano você poderá encontra-los.

Em sua cabeça, o turbante.
Ela pegou um Mercedes Benz.
Pegou também belos, belos garotos. / Ela chamou amigos.
Ah! Como dançavam no pátio, / Verão, doce verão!
Alguns dançam para lembrar, / Outros dançam para esquecer.
Assim, chamei o Capitão: Por favor, traga o meu vinho!
Ele comentou: “Não havíamos tido aqui tal espírito desde 1969!”
Aquelas vozes, de longe, ainda chamavam.
Você acorda no meio da noite só para ouvi-las chamar:
Bem-vindo ao Hotel Califórnia!
Tão amável lugar, tão amável visão.
Eles vivem no Hotel Califórnia
Que bela surpresa, trazem seus álibis!
Espelhos no teto e champagne rosa no gelo.
Ela disse: “Nada mais somos que prisioneiros do desejo”.
Nos quartos principais eles estão reunidos para a festa.
Eles golpeiam com suas facas de aço / Mas não podem matar a besta!
Uma última coisa ainda me lembro: Eu estava correndo para a porta.
Eu tinha que encontrar a passagem / Que me levaria para fora dali!
Relax” - disse-me o homem da noite -
Estamos programados para receber,
você pode pagar sempre que quiser,
Mas nunca mais poderá sair
!”.