TEXT TEXT

quarta-feira, junho 20, 2007

POEMA


JORNADA

Dá-me a tua mão, Senhor,
Que não posso descer sozinho
Às profundezas de mim mesmo.

Não posso mais andar a esmo
Nem tatear no escuro para sempre
Ilumina o caminho tortuoso
Ilumina minh’alma, Senhor!

Coragem também preciso
Para a jornada inevitável
Não posso andar em direções diversas
Doble, ser e não ser, ao mesmo tempo
Quero estar inteiro quando chegar a minha hora.

Preciso também de um coração forte,
E íntegro, seja, por isso, para sempre, comigo.

Atravessando desertos, cantarei
Navegando o mar bravio, não temerei
Penetrando a cava funda
Em busca do ouro puro da minha’alma
Estarei tranqüilo, calmo, seguro.

Mais que tudo, banha meu ser
No teu amor supremo
De forma que seja uma fonte a jorrar
E instrumento submisso
De tua misericórdia sem limite.

Então, no dia de minha hora
Estarei inteiro – meu passado, meu futuro, unificados,
purificado nas mãos do Criador, o Eterno Alquimista.
Glorificarei teu Nome, desfrutarei de tua presença
Ao expressar a tua majestade,
Bebendo na fonte da eterna juventude.

José J Azevedo, 21.06.2007

sábado, junho 16, 2007

CRIACIONISMO x EVOLUÇÃO



C.S.LEWIS E O
DESIGN INTELIGENTE



O atual movimento científico nominado DESIGN INTELIGENTE não é novidade para o pensamento moderno. Escritores como Bernard Shaw, Bergson, entre outros, já buscavam uma terceira via de compreensão para explicar a origem da vida. Veja o que o escritor e teólogo C. S. Lewis escreveu entre 1942-44:
"... só mencionei os pontos de vista materialis­ta e religioso. Para completar o quadro, tenho de men­cionar o ponto de vista intermediário entre os dois, a chamada filosofia da Força Vital, ou Evolução Criativa, ou Evolução Emergente, cuja exposição mais brilhante e arguta encontra-se nas obras de Bernard Shaw, ao pas­so que a mais profunda, nas de Bergson.
Seus defenso­res dizem que as pequenas variações pelas quais a vida neste planeta "evoluiu" das formas mais simples à for­ma humana não ocorreram em virtude do acaso, mas sim pelo "esforço" e pela "intenção" de uma Força Vital. Quando fazem tais afirmações, devemos perguntar se, por Força Vital, essas pessoas entendem algo semelhan­te a uma mente ou não. Se for semelhante, "uma mente que traz a vida à existência e a conduz à perfeição" não é outra coisa senão Deus, e seu ponto de vista é idên­tico ao religioso. Se não for semelhante, qual o sentido, então, de dizer que algo sem mente faça um "esforço" e tenha uma "intenção"? Este argumento me parece fatal para esse ponto de vista. Uma das razões pelas quais as pessoas julgam a Evolução Criativa tão atraente é que ela dá o consolo emocional da crença em Deus sem im­por as consequências desagradáveis desta. Quando nos sentimos ótimos e o sol brilha lá fora, e não queremos acreditar que o universo inteiro se reduz a uma dança mecânica de átomos, é reconfortante pensar nessa gigan­tesca e misteriosa Força evoluindo pelos séculos e nos car­regando em sua crista. Se, por outro lado, queremos fa­zer algo escuso, a Força Vital, que não passa de uma for­ça cega, sem moral e sem discernimento, nunca vai nos atrapalhar como fazia o aborrecido Deus que nos foi en­sinado quando éramos crianças. A Força Vital é como um deus domesticado. Você pode tirá-lo de dentro da caixa sempre que quiser, mas ele não vai incomodá-lo em ocasião alguma — todas as coisas boas da religião sem custo nenhum. Não será a Força Vital a maior invenção da fantasia humana que o mundo jamais viu?".

domingo, junho 10, 2007

DESIGN INTELIGENTE

Pós darwinianos e
e a Verdade Teológica



Reprisando um artigo publicado na Folha de S.Paulo, o site da SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – publicou uma entrevista com Michael Shermer, o “cético de plantão”, psicólogo e autor do polêmico "Science Friction", depõe contra a força política do design inteligente, considerando-a uma “ameaça à ciência nos EUA”. Afirma ele: “A teoria do design inteligente é tentativa desesperada de forçar as escolas públicas a ensinar criacionismo como ciência”.
Ele próprio, porém, confessa: “Cientistas não "acreditam" em teorias da mesma maneira que uma pessoa religiosa "acredita" em Deus ou nos preceitos gerais desta ou daquela religião. Cientistas são "crentes" ou "céticos" em relação a uma hipótese ou teoria específica... Nesse sentido, nós não "acreditamos" em evolução
[1], por exemplo; apenas estamos extremamente confiantes de que tenha acontecido. Isso é o mais longe que você pode ir à ciência, porque todos os achados são provisórios, não há verdades absolutas. Só duas: a morte e o imposto de renda”. Na verdade, o que acontece, é uma luta sem tréguas entre ateus e deístas. Isto é, entre aqueles que não acreditam e os que acreditam em Deus, criador de todas as coisas. O desespero, na verdade, é dos darwinianos que ainda fecham os olhos para as evidências e descobertas de cientistas que ousaram avançar além de uma concepção meramente materialista e caótica da realidade.
Toda essa polêmica começou, básicamente, com a publicação do livro A Origem das Espécies, escrito pelo
naturalista britânico Charles Darwin, em 1859. Darwin propõe a teoria de que os organismos vivos evoluem gradualmente através da selecção natural. Desde então a controvérsia ultrapassou o âmbito académico, ao chocar com a crença religiosa na criação, tal como é apresentada na Bíblia, no livro de Gênesis. No capítulo 4, de seu livro, A seleção natural ou a perseverança do mais capaz, Darwin escreveu: "Pode-se dizer que a seleção natural realiza seu escrutínio dia a dia, hora a hora, pelo mundo, de qualquer variação, mesmo as mais sutis; rejeitando aquelas que são ruins e preservando e fazendo prosperar todas as que são boas; trabalhando silenciosa e imperceptivelmente, onde e quando surgir a oportunidade na melhora de cada ser orgânico em relação a suas condições orgânicas e inorgânicas de vida. Não vemos nada desse lento progresso, até que os ponteiros do relógio das eras tenham marcado um longo lapso de tempo e assim tão imperfeita é a nossa visão sobre o profundo passo das eras geológicas que tudo o que podemos ver é que as formas de vida são agora diferentes daquelas que existiam antes".
Darwin termina seu livro com uma passagem freqüentemente citada: "Há grandiosidade nesse modo de ver a vida, com suas diversas forças, tendo surgido a partir de umas poucas formas de vida ou de uma única; e que, enquanto este planeta tem orbitado de acordo com as leis fixas da gravidade, de um início tão simples infinitas formas mais belas e maravilhosas evoluíram, e continuam a evoluir."
Supondo que a teoria da evolução tenha evidências cientificas comprováveis, há perguntas que ele jamais poderia responder à partir de sua lógica. O mesmo Darwin escreveu: “...a vida, com suas diversas forças, tendo surgido a partir de umas poucas formas de vida ou de uma única”. Ele cria, portanto, que as espécies tinham uma origem comum. Não ousou, no entanto, olhar além disso. Não pode explicar a origem do universo ou da matéria. Não fez nenhuma descrição sobre como e porquê átomos espalhados pelo universo caótico, motivados por uma intencionalidade inexplicável, sem qualquer coordenação ou consciência, iriam se juntar através de bilênios sem fim para, enfim, dar origem ao primeiro ser vivo – à partir do qual iria gerar bilhões de outras formas de vida de uma complexidade tão fantástica que atualmente é capaz de refletir e se afligir quanto a esmagadora pergunta (que, por certo, não é feita de átomos ou particulas sub-atômicas: De onde eu vim, para onde eu vou, qual o sentido da minha existência? Tal foi o crescimento de sua soberba que, atualmente, essa ameba primordial - supostamente evoluida -passou a atribuir a si mesma todo o mérito de Ser – descartando a existência de uma origem que vá além da compreensão da sua própria e limitada razão.
Veja o depoimento do Dr. William Dembski, uma das personalidades marcantes do Design Inteligente, no site http://www.uncommondescent.com/about: “A ideologia materialista subverte o estudo das origens biológicas e cósmicas de modo que o índex real destas ciências se torna corrompido. O problema não é que a ciência esteja sendo usada ilegitimamente para promover uma visão de mundo materialista, mas que esta visão de mundo está comprometendo ativamente o inquérito científico, conduzindo a conclusões incorretas e sem base sobre as origens biológicas e cosmológicas da vida. Ao mesmo tempo, o Projeto Inteligente (ID)[3] oferece uma alternativa científica prometedora às teorias materialistas da evolução biológica e cosmológicas, uma alternativa que está encontrando crescente sustentação teórica e empírica. O ID necessita ser desenvolvido vigorosamente como um projeto científico e também intelectual e cultural.”[4]

Sejamos honestos. Nem todos os supostos descendentes dessa”ameba primordial” descriam em Deus, pelo contrário, os mais célebres eram crentes. Em um artigo Richad L. Deem
[2] nomeou grandes vultos que contribuiram poderosamente para o progresso da ciência. O que une a todos eles era sua crença em Deus. Vejamos:
1. Nicolau Copérnico (1473-1543)
Copérnico foi o astrônomo polonês que propôs o primeiro sistema de planetas matematicamente baseado ao redor do sol. Ele lecionou em várias universidades européias, e tornou-se um cônego da igreja Católica em 1497. Seu novo sistema foi apresentado realmente pela primeira vez nos jardins do Vaticano, em 1533, ao Papa Clemente VII, que o aprovou, e Copérnico foi encorajado a publicá-lo sem demoras. Copérnico nunca esteve sob qualquer ameaça de perseguição religiosa - e ele foi encorajado a publicar a sua obra tanto pelo Bispo Católico Guise, como também pelo Cardeal Schonberg e pelo Professor Protestante George Rheticus. Copérnico se referia às vezes a Deus em suas obras, e não via seu sistema como em conflito com a Bíblia.
2. Johannes Kepler (1571-1630)
Kepler foi um brilhante matemático e astrônomo. Ele primeiramente trabalhou com a luz, e estabeleceu as leis do movimento planetário em torno do sol. Ele também chegou perto de atingir o conceito Newtoniano da gravidade universal - bem antes de Newton nascer! Sua introdução da idéia de força na astronomia, a mudou radicalmente numa direção moderna. Kepler era um luterano extremamente sincero e piedoso, cujas obras sobre a astronomia continham escritos sobre como o espaço e os corpos celestiais representam a Trindade. Kleper não sofreu perseguição por causa de sua aberta confissão de um sistema heliocêntrico, e, deveras, foi lhe permitido, mesmo sendo um protestante, permanecer na Universidade Católica de Graz como um professor (1595-1600), quando outros protestantes tinham sido expulsos!
3. Galileu Galilei (1564-1642)
Galileu é freqüentemente lembrado por seu conflito com a Igreja Católica Romana. Sua obra controversa sobre o sistema solar foi publicada em 1663. Ela não tinha provas de um sistema solar heliocêntrico (as descobertas do telescópio de Galileu não indicavam uma terra em movimento), e sua única "prova", baseada sobre as marés, era inválida. Ela ignorou as órbitas elípticas corretas dos planetas, publicadas há vinte e cinco anos atrás, por Kepler. Visto que sua obra acabou colocando o argumento favorito do Papa na boca do tolo no diálogo, o Papa (um velho amigo de Galileu) ficou muito ofendido. Após o "teste" e, tendo sido proibido de ensinar o sistema heliocêntrico, Galileu fez sua obra teórica mais útil, que foi sobre dinâmica. Galileu disse expressamente que a Bíblia não podia errar, ele viu seu sistema relacionado ao assunto de como a Bíblia deve ser interpretada.
4. René Descartes (1596-1650)
Descartes foi um matemático, cientista e filósofo francês, que tem sido chamado o pai da filosofia moderna. Seus estudos escolares fizeram com que ele ficasse insatisfeito com a filosofia precedente: Ele tinha uma profunda fé religiosa como um Católico, que ele reteve até o dia de sua morte, junto com desejo resoluto e apaixonado de descobrir a verdade. Aos 24 anos de idade teve um sonho, e sentiu o chamado vocacional para buscar trazer o conhecimento num único sistema de pensamento. Seu sistema começou perguntando o que se pode ser conhecido, se tudo mais for duvidoso - sugerindo o famoso "Penso, logo existo". Realmente, é freqüentemente esquecido que o próximo passo para Descartes foi estabelecer a mais próxima certeza da existência de Deus - porque somente se Deus existe e não queira que sejamos enganados pelas nossas experiências, podemos confiar em nossos sentidos e processos lógicos de pensamento. Deus é, portanto, central em toda a sua filosofia. O que ele realmente queira, era ver sua filosofia adotada como padrão do ensino Católico. René Descartes e Francis Bacon (1561-1626) são geralmente considerados como as figuras-chave no desenvolvimento da metodologia científica. Ambos tinham sistemas nos quais Deus era importante, e ambos pareciam mais devotos do que o normal para a sua era.
5. Isaac Newton (1642-1727)
Na ótica, mecânica e matemática, Newton foi uma figura de gênio e inovação indisputável. Em toda sua ciência (incluindo a química), ele viu a matemática e os números como centrais. O que é menos conhecido é que ele foi devotamente religioso e via os números como envolvidos no entendimento do plano de Deus, na Bíblia, para a história. Ele produziu uma grande quantia de trabalho sobre numerologia bíblica, e, embora alguns aspectos de suas crenças não fossem ortodoxos, ele estimava a teologia como muito importante. Em seu sistema de física, Deus é essencial para a natureza e a perfeição do espaço. Em Principia ele declarou: "Este magnífico sistema do sol, planetas e cometas, poderia proceder somente do conselho e domínio de um Ser inteligente e poderoso. E, se as estrelas fixas são os centros de outros sistemas similares, estes, sendo formados pelo mesmo conselho sábio, devem estar todos sujeitos ao domínio de Alguém; especialmente visto que a luz das estrelas fixas é da mesma natureza que a luz do sol e que a luz passa de cada sistema para todos os outros sistemas: e para que os sistemas das estrelas fixas não caiam, devido à sua gravidade, uns sobre os outros, Ele colocou esses sistemas a imensas distâncias entre si.".
6. Robert Boyle (1791-1867)
Um dos fundadores e um dos primeiros membro-chave da Sociedade Real, Boyle deu seu nome à "Lei de Boyle" para os gases, e também escreveu uma obra importante sobre química. A Enciclopédia Britânica diz dele: "Por sua vontade ele doou uma série de leituras, ou sermões, que ainda continuam, para defender a religião Cristã contra os infiéis notórios...Como um Protestante devoto, Boyle teve um interesse especial na promoção da religião Cristã no exterior, dando dinheiro para traduzir e publicar o Novo Testamento para o irlandês e turco. Em 1690, ele desenvolveu suas visões teológicas no The Christian Virtuoso (O Cristão Virtuoso), que ele escreveu para mostrar que o estudo da natureza era um dever religioso central". Boyle escreveu contra os ateus em seus dias (a noção de que o ateísmo é uma invenção moderna é um mito), e foi claramente um Cristão muito mais devoto do que a maioria em sua época.
7. Michael Faraday (1791-1867)
O filho de um ferreiro que se tornou um dos maiores cientistas do século XIX. Sua obra sobre a eletricidade e magnetismo não somente revolucionou a física, mas conduziu a muitas coisas que fazem parte do nosso estilo de vida hoje, as quais dependem dela (incluindo computadores, linhas de telefone e web sites). Faraday foi um Cristão devoto, membro do Sandemanianismo [Nota do tradutor: seita cristã fundada em aproximadamente 1730, na Escócia, por John Glas (1695-1773), um ministro presbiteriano da Igreja da Escócia, juntamente com o seu genro, Robert Sanderman, de quem é derivado o nome da seita], o que significativamente o influenciou e fortemente afetou a maneira na qual ele se aproximou e interpretou a natureza. Os Sandemanianos se originaram dos presbiterianos que rejeitaram a idéia de igrejas estatais, e tentaram voltar ao tipo de Cristianismo do Novo Testamento.
8. Gregor Mendel (1822-1884)
Mendel foi o primeiro a lançar os fundamentos matemáticos da genética, o qual veio a ser chamado "Mendelianismo". Ele começou sua pesquisa em 1856 (três anos antes de Darwin publicou sua Origens das Espécies) no jardim do Monastério no qual ele era um monge. Mendel foi eleito Abade de seu Monastério em 1868. Sua obra permaneceu comparativamente desconhecida até a virada do século, quando uma nova geração de botânicos começaram a achar resultados similares e a "redescobri-lo" (embora suas idéias não fossem idênticas às suas). Um ponto interessante é que 1860 foi a década da formação do X-Clube, dedicado à diminuição das influências religiosas e propagação de uma imagem de "conflito" entre ciência e religião. Um simpatizante foi Francis Galton, primo de Darwin, cujo interesse científico estava na genética (um proponente da eugenia - aperfeiçoamento da raça humana para "melhorar" o estoque). Ele estava escrevendo sobre como a "mente sacerdotal" não era propícia à ciência, enquanto que, quase ao mesmo tempo, um monge australiano estava dando um santo inovador na genética. A redescoberta da obra de Mendel veio tarde demais para afetar a contribuição de Galton.
9. Kelvin (William Thompson) (1824-1907)
Kelvin foi o primeiro dentre um pequeno grupo de cientistas britânicos que ajudaram a lançar os fundamentos da física moderna. Sua obra cobriu várias áreas da física, e é dito dele ter mais cartas com o seu nome do que qualquer outra pessoa na Comunidade Britânica, visto que ele recebeu numerosos graus de honorários das Universidades Européias, que reconheceram o valor de sua obra. Ele foi um Cristão muito comprometido, certamente mais religioso que a maioria de sua época. Interessantemente, seus companheiros físicos, George Gabriel Stokes (1819-1903) e James Clerk Maxwell (1831-1879), foram também homens de profundo comprometimento Cristão, numa era quando muitos eram Cristãos nominais e apáticos, ou simplesmente anti-Cristãos. A Enciclopédia Britânica diz: "Maxwell é considerado por muitos dos físicos modernos como o cientista do século XIX que teve a maior influência sobre os físicos do século XX; ele é posto ao lado de Sir Isaac Newton e Albert Einstein, por causa da natureza fundamental de suas contribuições". Lord Kelvin foi um criacionista da Terra antiga, que estimava a idade da Terra como sendo algo entre 20 milhões e 100 milhões de anos, com um limite máximo de 500 milhões.
10. Max Planck (1858-1947)
Planck fez muitas contribuições para a física, mas é mais conhecido pela teoria quantum, a qual tem revolucionado nosso entendimento dos mundos atômicos e subatômicos. Em sua palestra "Religião e Ciência Natural", Planck expressou a visão de que Deus está presente em todos os lugares, e sustentou que "a santidade da Deidade inteligível é transmitida pela santidade de símbolos". Os ateus, ele pensava, dão muita atenção ao que é meramente símbolo. Planck foi um representante da igreja de 1920 até a sua morte, e cria num Deus todo-poderoso, onisciente e beneficente (embora não necessariamente um Deus pessoal). Tanto a ciência como a religião travaram uma "incansável batalha contra o ceticismo e dogmatismo, contra a incredulidade e a superstição", com o objetivo "direcionado para Deus!"
11. Albert Einstein (1879-1955)
Einstein é provavelmente o cientista mais conhecido e mais altamente reverenciado do século XX, e está associado com as maiores revoluções em nosso pensamento sobre tempo, gravidade e a conversão de matéria em energia (E=mc2). Embora nunca tenha chegado a crer num Deus pessoal, ele reconheceu a impossibilidade de um universo não-criado. A Enciclopédia Britânica diz dele: “Firmemente negando o ateísmo, Einstein expressou uma crença no "Deus de Espinoza, que se revela na harmonia do que existe". Isto realmente motivou seu interesse na ciência, como ele certa vez afirmou a um jovem físico: "Eu não sei como Deus criou este mundo, eu não estou interessado neste ou naquele fenômeno, no espectro deste ou daquele elemento. Eu quero conhecer os Seus pensamentos, o resto são detalhes". O famoso epíteto de Einsten sobre o "princípio da incerteza" era que "Deus não joga dados" - e para ele esta foi uma real declaração sobre um Deus em quem ele cria. Uma das suas afirmações famosas é: "Ciência sem religião é coxa, religião sem ciência é cega".
Cremos que ninguém, movido por um caráter honesto, diria que os cientistas acima, que tanto contribuíram para o avanço da ciência, seriam cristãos fundamentalistas. Foram homens cujas descobertas fornecem as bases do conhecimento cientifico atual. Sem elas todo o edifício das descobertas que influenciam hoje a civilização ruiria.

Notas:
1 - A Evolução Biológica é o conceito unificador da Biologia Moderna. Embora o conceito de evolução já tivesse sido proposto em diversos momentos da história da humanidade, foram Charles Robert Darwin (esquerda) e Alfred Russel Wallace (direita) em 1858 que fundamentaram suas bases em um precesso conhecido como Seleção Natural. Atualmente os diferentes campos das Ciências Biológicas (Botânica, Zoologia, Genética, Ecologia, Sociobiologia etc.) estudam os seres vivos mantendo em comum o enfoque evolucionista. Isto só foi possível porque durante as primeiras décadas do século XX uma síntese foi alcançada e a Evolução tornou-se o ponto em comum entre os diferentes campos do saber biológico. Atualmente o pensamento evolucionista influencia a psicologia, a economia, as ciências sociais, entre outras áreas (Wikipédia).
2 - Deem, Richard L, formado na Universidade de Califórnia do sul. Mestre em Ciência da Microbiologia da universidade de estado de Califórnia, Los Angeles, e tem trabalhado na pesquisa básica da ciência desde 1976. Foi o autor e co-autor de inúmeros estudos, incluíve de diversas áreas de biologia e de genetica molecular, imunologia, sobre a doença inflammatory do bowel (
1-17), agressores naturais (18-22), e as doenças infecciosas (23-24). Além disso apresentou seu trabalho em inumeras de reuniões científicas dos EUA e internacionais. Tem cerca de 40 trabalhos científicos publicados.
3 - A teoria do Projeto Inteligente (ID) considera que determinadas características do universo e de seres vivos são melhor explicadas por uma causa inteligente mais do que por um processo não-intencional, como o descrito na seleção natural. O ID é assim um contra-ponto científico a reivindicação do núcleo da teoria evolucionária do projeto inteligente como geratriz dos sistemas vivos seria uma ilusão. Em um sentido mais amplo, o projeto inteligente é simplesmente a ciência da descoberta do projeto - o de reconhecer nos testes científicos padrões conduzidos por uma causa inteligente para uma finalidade. Essas descobertas tem sido utilizadas em diversas áreas do campo científico, includindo-se a biologia, a antropologia, as ciências forenses, que procuram explicar a causa dos eventos significativos, inclusive a busca de inteligência extraterrestre (SETI). Uma conclusão de que determinada informação biológica pode ser o produto de uma causa inteligente pode ser testado ou avaliado da mesma maneira que o teste diário dos cientistas, em outras ciências.
O ID é controverso por causa das implicações de sua evidência, melhor que o peso significativo de sua evidência. Os proponentes do ID acreditam que a ciência deve ser conduzida de forma objetiva, sem consideração quanto às implicações de seus resultados. Isto é particularmente necessário na ciência das origens por causa de sua natureza histórica (e assim muito subjetiva), e porque é uma ciência que impacta inevitavelmente a religião. A evidência positiva do projeto em sistemas vivos consiste na natureza semântica, significativa ou funcional da informação biológica. Considera, frente ao mistério a ser decrifrado, a profunda importância da seqüência dos símbolos que carregam as “mensagens,” e a evidência estatística e experimental, por exemplo, que apontam para um governar de fora, como possibilidade a uma explicação plausivel. Essas evidências desafiam a suposta suficiência de causas naturais ou materiais para explicar a origem e a diversidade da vida.
[4] William Dembski - Investigador, Escritor, Matemático e filósofo, William Dembski é um companheiro sênior do Instituto de Descoberta de Seattle. Dr. Dembski publicou artigos em matemática, filosofia, e diários de teologia e foi o author/editor de mais de dez livros. Em A Evidência do Desgnio (...) (Cambridge Universidade, 1998), ele examina o argumento do Design Inteligente dentro de um contexto pos-Darwiniano e analisa as conexões que unem chance, probabilidade e causa inteligente. O trabalho dele foi citado em numeroso jornal e artigos de revista, enquanto incluindo três reportagens de primeira página no New York Times. Tem aparecido frequentemente na TV, inclusive no Show Diário com Jon Stewart.

Pesquisa: José J Azevedo